terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O fim do mundo: uma análise



Tudo o que existe no mundo material é fadado à extinção ou transformação, incluindo o nosso planeta Terra. Todavia, essa mudança deve ocorrer a milhões de anos em consequência de inúmeras causas, como o resfriamento do sol e a colisão da Via Láctea com a galáxia de Andrômeda. Essas previsões existem e baseiam-se em conhecimento científico.
O fim do mundo abordado exaustivamente pela mídia se baseia principalmente no calendário maia que sugere o fim de um ciclo em 21 de dezembro de 2012, não necessariamente o fim do mundo. Isso aliado a escatologia bíblica e às interpretações das profecias de Nostradamus geraram muitas teorias sobre as hipóteses de o mundo acabar. Meteoro, vulcão, terremoto, alinhamento de planetas, alteração no eixo da Terra, colisão com outro planeta, aumento da temperatura do Sol, vírus, derretimento das geleiras e ainda muitas outras catástrofes.
A questão encerra algumas premissas que podemos avançar na análise, como a concepção de que grandes ou relevantes eventos da humanidade estão planejados e podem ser previstos. Realmente, à luz do conhecimento espírita, os grandes acontecimentos estão previstos pela análise do carma coletivo, isto é, das diferentes gradações das energias geradas por uma coletividade. Saber quando irão ocorrer é possível, embora seja pouco provável conforme podemos constatar ao estudar a história.
A imensa maioria dos grandes eventos não foi prevista pelo homem e após cada acontecimento surgem tentativas forçadas de demonstrar que o evento estava previsto em alguma profecia, mas não foi devidamente interpretado. Assim foi com a morte de seis milhões de judeus na segunda grande guerra mundial; a queda das torres gêmeas em Nova Iorque; o tremor submarino no sudeste asiático que em 2004, matou 220 mil pessoas com o tsunami gerado. Qualquer evento passível de advir sofre a interferência do livre arbítrio dos homens, pode ser aumentado ou reduzido em seus efeitos, pode ser antecipado ou postergado e até mesmo, pode não acontecer.
Na Bíblia há diversas passagens que abordam o que seria o “fim dos tempos”. Para o espírita, o conteúdo bíblico são textos mais ou menos inspirados por espíritos superiores, mas que sofreram a interferência das ideias e concepções dos próprios médiuns que os escreveram e reescreveram ao logo de séculos e dos escribas que copiaram e traduziram. Os textos sofreram mudanças acidentais e intencionais.
No século I, os cristãos entendiam que o juízo final aconteceria em alguns anos, dois séculos depois eles passaram a entender que ocorreria após a conversão da maioria das pessoas. Atualmente a igreja esclarece que somente Deus sabe a data para esse acontecimento. Segundo o espiritismo, não faz sentido ter um dia único de juízo final para todos os seres. Esse juízo incide gradualmente na consciência de cada ser à medida que ele evolui na compreensão de seus atos. Não há necessidade de punição ou mesmo de perdão por parte do Criador, pois ele criou um sistema educacional perfeito que se ajusta e melhora pela ação de leis naturais e não fica ofendido com os seres humanos, criados simples para atingirem a perfeição, aprendendo e errando a cada passo.
A causa mais relevante que pode resultar no chamado “fim do mundo”, fazendo com que a vida em nosso planeta seja extinta é a ação dos seus próprios habitantes. Se não soubermos cuidar bem da Terra, ela poderá se deteriorar. Todos nós temos imensa responsabilidade sobre o futuro da nossa casa em comum.
Isso inclui, além de proteger o solo, as aguas, o ar e a natureza, melhorar a nossa emissão de matéria mental, educarmos nossos sentimentos, aumentarmos nosso conhecimento geral e buscarmos fazer o bem. Essa é o objetivo individual que nos cabe: buscarmos nosso próprio auto aperfeiçoamento sem preocupações catastróficas bem a gosto da espetacularização da notícia pela mídia contemporânea.

Ivan Franzolim é escritor e comunicador espírita, membro fundador da ADE-SP Associação de Divulgadores do Espiritismo de São Paulo. Mantém o blog: http://www.franzolim.blogspot.com.br/

sábado, 29 de setembro de 2012

Como expor?


Como expor?

Alguém disse que "bom orador é aquele que, anuncia sobre o que vai falar, fala sobre o que prometeu falar, em seguida recapitula o que foi falado e depois conclui sobre o que foi dito." Parece estranho, mas funciona!

Planeje e use as técnicas aqui descritas, mas não se esqueça de dar chance para o desenvolvimento da sua sensibilidade, que fará você sentir a receptividade do que você está expondo e as necessidades estratégicas, táticas e operacionais necessárias.

A divisão do discurso
Características gerais da exposição

Qualquer apresentação pública deve estar fundamentada nos seguintes quesitos:

 - relacionados com o expositor: confiança, domínio, interesse e espontaneidade.

- relacionados com o discurso: objetividade, clareza, brevidade, consistência  e retidão.

O início do discurso
Exórdio

É a primeira parte da palestra, visa "envolver o auditório". É quando o expositor e o público são apresentados, sendo que o primeiro precisa causar boa impressão, objetivando conquistar a atenção e a receptividade do auditório.

Cumprimenta a platéia, a mesa, demonstra satisfação e agra­dece. Procura demonstrar, em poucas palavras, a importância ou a conveniência do tema da palestra, motivando os ouvintes a acompanharem com atenção o seu discurso.

Deve ficar patente a segurança e o domínio do assunto, sem arrogância.

Evite contar piadas e interpelar diretamente as pessoas, pois o clima ainda não foi formado e as pessoas estão "frias".

Formas de iniciar a palestra:

1. Aludir à ocasião;

2. Fazer uma pergunta intrigante ao público em geral,    sem pedir resposta;

3. Fazer uma declaração interessante e algo desafia­dora, como:

"Todas as palavras têm um poder sobrenatural  e tornam vivas as coisas pensadas." Eça de Queiroz

4. Apresentar uma citação que leve à reflexão;

5. Fazer breve apresentação de um conto, parábola ou caso.

Proposição

O orador deve anunciar o roteiro do que será apresentado, procurando despertar o interesse dos ouvintes.

Cuidado para anunciar apenas o que realmente vai dar tempo de ser abordado. Pode ser dispensada quando o assunto for muito favorável, polêmico ou que exista uma intenção deliberada e bem planejada de causar suspense.

O meio do discurso
Narração

É a parte do discurso que o orador desenvolve suas idéias, dá corpo ao tema, envolvendo e direcionando o raciocínio do publico.

Define conceitos. Deve ilustrar o assunto utilizando-se de depoimentos, aspectos históricos, fatos e conceitos filosóficos ou científicos, contos, parábolas etc.

Confirmação
É o momento de "amarrar" as idéias apresentadas.  Explicar motivos, apresentar razões, relacionar causa e efeito, evidenciar a lógica dos argumentos, fazer comparações, e mostrar soluções.

Deve utilizar todos os recursos didáticos para se fazer entender e convencer, apresentando elementos racionais, morais e sentimentais.

É a fase ideal para apresentar sua melhor ilustração, como gráfico, tabela, desenho etc. Salvo palestras especiais, é nesta etapa que o expositor deve chegar ao âmago da questão.

Preocupações salutares do orador:

 -  exemplificar e manter a máxima clareza;

 -  não esquecer ou desviar da idéia central;

- não exagerar na argumentação, gestos, vocabulário e entonação;

- demonstrar a ligação dos assuntos, fatos e conceitos proferidos;

Refutação

Parte importante do discurso que influencia todo o conjunto, desde a fase de elaboração, colaborando para dar mais consistência, selecionando e oferecendo melhor seqüência na argumen­tação.

Não pode ser menosprezada, sob pena da exposição vir a ser rejeitada men­talmente pelo público.

Defende a idéia central das objeções hipotéticas ou reais sobre o assunto; abordando-as de modo direto ou indireto, sem exagero.Não pode ser menosprezada, sob pena da exposição vir a ser rejeitada mentalmente pelo público.

Estabelece críticas. Aponta relação causa e efeito. Evidencia a argumentação apresentada e as conseqüências boas e más. Inicia pelas objeções mais simples, deixando o argumento mais forte para o final.

O fim do discurso
Síntese ou recapitulação

É o resumo e o realce dos principais aspectos abordados, evidenciando a importância da idéia central. Pode ser suprimida quando o assunto não apresenta dificuldades e a exortação foi bem preparada.

Deve reunir elementos para concluir com segurança, favorecendo a memorização da mensagem principal e fortalecendo a convicção do público.

Exortação

É a parte final do discurso quando o orador deve atingir o ponto mais alto de adesão ao seu pensamento. Uma forma é avançar gradativamente para o ponto mais importante, com o acompanhamento do volume e entonação da voz e encerrar repentinamente.

Deve falar ao sentimento, ao coração, levantando o espírito dos ouvintes e fechando com eficácia o seu trabalho, certo de ter causado uma boa impressão e de ter contribuído para doar uma parte de si ao público.

É a parte da oratória mais necessitada de arte e beleza.

A mensagem espírita deve sempre encerrar com otimismo e esperança. Você pode abordar qualquer assunto, por mais "pesado" que ele possa ser, mas não pode esquecer de apresentar soluções e motivar as pessoas para tomarem as atitudes mais adequadas.

Exemplos de finais de discursos eloqüentes

João Neves da Fontoura

...No meio do temporal, não nos esqueçamos - ainda uma vez - de que somos todos irmãos.

São palavras que repito hoje com os anseios do mais alto espírito de fraternidade, considerando o Brasil acima de tudo e de todos. Nós passaremos, na poeira das coisas transitórias. Ficarão apenas as idéias, para que em torno delas se molde a grande­za da Pátria de amanhã.


Tancredo Neves- ao ser eleito Presidente em 15/01/85

...Não vamos nos dispersar. Continuemos reunidos, como nas praças públicas, com a mesma emoção, a mesma dignidade e a mesma decisão.

Se todos quisermos, dizia-nos, há quase duzentos anos, Tiradentes, aquele herói enlouquecido de esperança, podemos fazer deste país uma grande nação. Vamos fazê-la.

Esquema para o meio do discurso
Utilize estes quatro tópicos para ajudá-lo na elaboração do meio da sua palestra. Depois, é só acrescentar o início e o fim. Com este esquema ficará mais fácil você abordar qualquer assunto de forma estruturada, mesmo de "improviso".


Origem/Evolução
Aborde o histórico do assunto e evidencie as causas mais relevantes. Aponte as alterações sofridas em determinado tempo.


Explicação/Analogia
Defina os termos básicos, explique o assunto e os conceitos adotados, esclarecendo as principais variáveis envolvidas. Compare a idéia central com outro assunto, evidenciando a lógica da argumentação e facilitando a memorização pelos ouvintes.


Conseqüências/Objetivos
Fale sobre as conseqüências positivas e negativas en­volvidas no contexto. Aponte claramente os objetivos que devem ser perseguidos.

Esforço/Ação recomendada
Saliente o que precisa ser feito para se alcançar uma situação melhor ou evitar maiores danos, quem são os envolvidos e como pode ser realizado, em que tempo ou lugar.


Texto do Livro: Como Melhorar sua Comunicação, de Ivan Franzolim, Editora EME

Instituições Espíritas no Brasil – Cadastro da ADE-SP




Quantos Centros Espíritas tem no Brasil?
Essa é uma pergunta antiga que agora temos condições de dar uma resposta mais precisa evitando que cada um tenha de fazer sua estimativa. O Brasil tem 12.290 instituições espíritas.

A maior base de dados do Brasil
A ADE-SP vem trabalhando há alguns anos com uma base de dados composta dos registros de instituições espíritas (IE) com CNPJ, não compreendendo as casas que estão iniciando as atividades e ainda não se cadastraram nos órgãos oficiais, como determina a lei.
Foram retirados desse cadastro cerca de quatro mil registros de instituições com nomes que não são espíritas, apesar de algumas delas tenham se tornado espírita. Exemplos:

Centro Espírita Nossa Senhora Aparecida
Centro Espírita Mestre Tertuliano
Centro Espírita São Miguel Arcanjo
Centro Espírita Pai Jacob
Centro Espírita Mesa Branca
Centro Espírita Irmãos Cosme e Damião
Centro Espírita Ciências Ocultas
Centro Espírita Beneficente União do Vegetal
Centro Espírita Vovó Catarina

A Institucionalização do Movimento Espírita no Brasil
Com a fundação da FEB - Federação Espírita Brasileira em dois de janeiro de 1884, no Rio de Janeiro, os espíritas optaram pelo regime federativo para organização das atividades. Em 1949 houve um reforço a este processo de institucionalização com a criação do Conselho Federativo Nacional - CFN, junto à FEB, criado com o objetivo de promover e trabalhar pela união dos espíritas e pela unificação do Movimento Espírita. Assim, para cada grupo de espíritas que desempenhava alguma atividade foi criada uma instituição com regulamentação jurídica formal. Cada instituição está vinculada a uma federação estadual e cada federação está vinculada à FEB.
No dia primeiro de abril de 1858, Allan Kardec fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, considerada como o primeiro Centro Espírita do mundo.
O primeiro Centro Espírita fundado no Brasil oficialmente foi o Grupo Familiar de Espiritismo em 17 de setembro de 1865 por Luiz Olímpio Telles de Menezes em Salvador, Bahia.
O Centro Espírita Anjo da Guarda de Santos - SP, logo estará completando 130 anos - foi fundado em 2 de Novembro de 1883. É o Centro Espírita mais antigo do mundo ainda em funcionamento.
O primeiro Centro Espírita instalado no estado de São Paulo, na cidade de Areias, parece ter sido o Grupo Espírita Areense em janeiro de 1881, que lançou no mesmo ano, o jornal União e Crença.
Outro Centro pioneiro foi fundado por Antônio Gonçalves da Silva – Batuíra (19/03/1839-22/01/1909) em 06/04/1890, o Grupo Espírita Verdade e Luz, com sede própria, e o jornal Verdade e Luz. O Centro Espírita Esperança e Fé de Franca – SP existe desde 1904.
A Sociedade de Estudos Espíritas, de Natal-RN foi fundada em 1892 e se transformou mais tarde na Federação Espírita do Rio Grande do Norte.
O Centro Espírita de Jacarepaguá (CEJ) é uma das Casas Espíritas mais antigas do Brasil. Foi fundado em 1872 por Adolpho Bezerra de Menezes.

Dados da capital do estado
A capital São Paulo é a maior cidade do Brasil com quase dois mil bairros agrupados em 96 distritos segundo critérios adotados pela Prefeitura e pelo IBGE. A capital possui 1075 instituições que corresponde a 27% do total do estado.
A Grande São Paulo é formada por 39 municípios que totaliza 1499 ou 38% das instituições do estado que somam 3953 casas. O interior possui 62% das instituições, ou 2454.

Força da obra social espírita
Há 1495 instituições sociais no Brasil, voltadas para a criança, jovens, gestantes, idosos, além de escolas, hospitais e instituições que atuam com a arte e a cultura. O estado de São Paulo detém 38% dessas instituições.

Instituições por Estado
Os seis primeiros estados possuem 74% das instituições. Os dez últimos iniciando por MA e finalizando por RR, detém 4,5% das instituições. DF inclui Brasília com 72 instituições e 18 distritos com 102 instituições.
Apenas 40% dos municípios do Brasil acusam a existência de instituições espíritas. Rio de Janeiro possui 91% de municípios com instituições. Piauí possui somente 8% dos municípios com instituições.

O estado de São Paulo é formado por 645 municípios, sendo 463 (72%) com instituições espíritas e 182 sem.

UF
Total
Part.
Mun com
Mun sem
Tot Mun
Part. sem
SP
   3.946
32,1%
    463
    182
   645
28%
MG
   1.849
15,0%
    377
    476
   853
56%
RJ
   1.177
9,6%
      84
        8
     92
9%
RS
      814
6,6%
    169
    327
   496
66%
GO
      655
5,3%
    146
    101
   247
41%
BA
      644
5,2%
    176
    241
   417
58%
PE
      452
3,7%
      75
    110
   185
59%
PR
      441
3,6%
    142
    257
   399
64%
SC
      332
2,7%
      89
    204
   293
70%
MS
      247
2,0%
      53
      25
     78
32%
CE
      244
2,0%
      54
    130
   184
71%
MT
      221
1,8%
      63
      78
   141
55%
DF
      174
1,4%
        1
      -  
       1
0%
PA
      162
1,3%
      47
      96
   143
67%
ES
      153
1,2%
      39
      38
     77
49%
PB
      124
1,0%
      39
    184
   223
83%
RN
      108
0,9%
      26
    141
   167
84%
MA
        83
0,7%
      25
    192
   217
88%
SE
        83
0,7%
      25
      50
     75
67%
AM
        75
0,6%
      11
      51
     62
82%
AL
        71
0,6%
      19
      83
   102
81%
PI
        66
0,5%
      17
    207
   224
92%
TO
        62
0,5%
      24
    115
   139
83%
RO
        61
0,5%
      16
      36
     52
69%
AC
        24
0,2%
        6
      16
     22
73%
AP
        12
0,1%
        3
      13
     16
81%
RR
        10
0,1%
        2
      13
     15
87%
Total
 12.290
100%
 2.191
 3.374
5.565
61%

30 cidades brasileiras com maior número de Instituições
Elas totalizam 4.409 instituições. Dez cidades estão concentradas em SP atingindo 1.802 (41%) instituições, ou 1.075 sem contar a capital. Segue MG com 4, RJ com 2 e 14 estados com 1 instituição.
Municípios
UF
IE
População
Espíritas
(Esp/ IE)
 (Esp / Pop)
São Paulo
SP
 1.075
 11.253.503
 286.600
268
2,55%
Rio de Janeiro
RJ
   501
   6.320.446
 201.714
403
3,19%
Belo Horizonte
MG
   245
   2.375.151
   61.357
256
2,58%
Salvador
BA
   208
   2.675.656
   61.833
302
2,31%
Goiânia
GO
   192
   1.302.001
   44.747
233
3,44%
Recife
PE
   179
   1.537.704
   36.900
206
2,40%
Porto Alegre
RS
   147
   1.409.351
   58.380
397
4,14%
Fortaleza
CE
   138
   2.452.185
   17.780
130
0,73%
Uberlândia
MG
   117
      604.013
   34.362
296
5,69%
Ribeirão Preto
SP
   115
      604.682
   24.945
217
4,13%
Campinas
SP
   110
   1.080.113
   22.359
211
2,07%
Santos
SP
   109
      419.400
   17.621
163
4,20%
Uberaba
MG
   104
      295.988
   31.634
304
10,69%
Campo Grande
MS
   102
      786.797
   17.673
173
2,25%
Curitiba
PR
     99
   1.751.907
   26.925
272
1,54%
Cuiabá
MT
     79
      551.098
   11.325
145
2,05%
São José do Rio Preto
SP
     75
      408.258
   18.659
249
4,57%
Franca
SP
     73
      318.640
   20.268
278
6,36%
Brasília
DF
     72
   2.570.160
   55.132
766
2,15%
Belém
PA
     69
   1.393.399
   17.201
249
1,23%
Santo André
SP
     69
      676.407
   16.503
239
2,44%
Juiz de Fora
MG
     69
      516.247
   19.686
285
3,81%
Sorocaba
SP
     68
      586.625
     9.172
141
1,56%
Manaus
AM
     63
   1.802.014
     8.962
142
0,50%
Florianópolis
SC
     61
      421.240
   16.238
266
3,85%
Natal
RN
     58
      803.739
     9.605
166
1,20%
Guarulhos
SP
     54
   1.221.979
   16.882
313
1,38%
Nova Iguaçu
RJ
     54
      796.257
   12.891
239
1,62%
São Bernardo do Campo
SP
     54
      765.463
   20.774
385
2,71%
João Pessoa
PB
     50
      723.515
     6.571
131
88,09%
Espíritas = Censo 2000. População = Censo 2010 do IBGE.



Entidades e especializadas
O Brasil possui 226 entidades com CNPJ, como federações, Uniões de Sociedades e outras que filiam centros espíritas. O estado de São |Paulo participa com 82 ou 36%.
Existem também 56 entidades especializadas, como a própria ADE-SP. Novamente o estado participa com 23% ou 13 especializadas.

Instituições voltadas para o livro espírita
Existem 180 instituições no Brasil com atuação exclusiva para o livro espírita, o que demonstra a relevância desse canal de comunicação. Mais da metade dessas instituições (54%) desempenham suas atividades no estado de São Paulo. São editoras, distribuidoras, feiras e clubes de livros.

30 Cidades com mais Instituições Espíritas em São Paulo
Destaque para três cidades com mais de cem instituições: Ribeirão Preto, Campinas, Santos.
Municípios
UF
IE
População
Espíritas
 (Esp /IE)
 (Esp/ Pop)
São Paulo
SP
1075
 11.253.503
 286.600
268
2,55%
Ribeirão Preto
SP
115
      604.682
   24.945
217
4,13%
Campinas
SP
110
   1.080.113
   22.359
211
2,07%
Santos
SP
109
      419.400
   17.621
163
4,20%
São José do Rio Preto
SP
75
      408.258
   18.659
249
4,57%
Franca
SP
73
      318.640
   20.268
278
6,36%
Santo André
SP
69
      676.407
   16.503
239
2,44%
Sorocaba
SP
68
      586.625
     9.172
141
1,56%
Guarulhos
SP
54
   1.221.979
   16.882
313
1,38%
São Bernardo do Campo
SP
54
      765.463
   20.774
385
2,71%
São José dos Campos
SP
46
      629.921
     9.243
205
1,47%
Jundiaí
SP
43
      370.126
     7.100
165
1,92%
Osasco
SP
39
      666.740
     8.159
209
1,22%
Araraquara
SP
39
      208.662
     9.271
238
4,44%
Bauru
SP
38
      343.937
     9.856
259
2,87%
São Carlos
SP
34
      221.950
     5.040
148
2,27%
Marília
SP
34
      216.745
     5.595
165
2,58%
São Vicente
SP
32
      332.445
     5.462
171
1,64%
Catanduva
SP
32
      112.820
     5.123
160
4,54%
Piracicaba
SP
31
      364.571
     5.526
178
1,52%
Taubaté
SP
30
      278.686
     5.055
169
1,81%
Araçatuba
SP
30
      181.579
     5.838
195
3,22%
Presidente Prudente
SP
29
      207.610
     2.371
82
1,14%
Americana
SP
27
      210.638
     4.378
168
2,08%
São Caetano do Sul
SP
27
      149.263
     5.052
187
3,38%
Mauá
SP
24
      417.064
     2.982
124
0,71%
Mogi das Cruzes
SP
23
      387.779
     8.654
376
2,23%
Limeira
SP
23
      276.022
     2.842
124
1,03%
Praia Grande
SP
23
      262.051
     5.152
224
1,97%
Votuporanga
SP
23
        84.692
     5.346
232
6,31%
Itapeva
SP
22
        87.753
     1.716
78
1,96%

15 Cidades com maior população sem Instituição Espírita
Essas cidades deveriam ser as primeiras a serem alvo de uma ação para ganharem uma instituição espírita legalizada.
Municípios com IE
UF
IE
População
Almirante Tamandaré
PR
0
     103.204
Parintins
AM
0
     102.033
Barra do Corda
MA
0
       82.830
Coari
AM
0
       75.965
Chapadinha
MA
0
       73.350
Moju
PA
0
       70.018
Buriticupu
MA
0
       65.237
Viana
ES
0
       65.001
Oriximiná
PA
0
       62.794
Novo Repartimento
PA
0
       62.050
Pacajus
CE
0
       61.838
Coroatá
MA
0
       61.725
Camocim
CE
0
       60.158
Igarapé-Mirim
PA
0
       58.077
Acaraú
CE
0
       57.551

15 Cidades com Instituição Espírita e menor população
Essas cidades provam que a quantidade de habitantes não é fator determinante para que exista instituição espírita.

Municípios com IE
UF
IE
População
Anhanguera
GO
1
         1.020
Guarani d'Oeste
SP
1
         1.970
Turmalina
SP
1
         1.978
Água Limpa
GO
1
         2.013
Aloândia
GO
1
         2.051
Marzagão
GO
1
         2.072
Marinópolis
SP
1
         2.113
Rochedo de Minas
MG
2
         2.116
Lourdes
SP
1
         2.128
Monções
SP
1
         2.132
Araçaí
MG
1
         2.243
Palmelo
GO
4
         2.335
Fama
MG
1
         2.350
Mairipotaba
GO
1
         2.374
Embaúba
SP
1
         2.423



15 Municípios com IE e sem Espíritas segundo Censo 2000
Esses são casos emblemáticos que deveriam ser estudados pelo IBGE. Como podem existir casas espíritas sem espíritas?

Municípios com IE
UF
IE
População
Pop / IE
Batayporã
MS
9
       10.936
     5.468
Mesquita
RJ
7
     168.376
    24.054
Fátima do Sul
MS
3
       19.035
     6.345
Aimorés
MG
3
       24.959
     8.320
Cristina
MG
2
         2.932
     2.932
Estrela do Indaiá
MG
2
         3.516
     1.758
Espírito Santo do Turvo
SP
2
         4.244
     2.122
Guarujá do Sul
SC
2
         4.908
     2.454
Marilândia
ES
2
       11.107
     5.554
Eldorado
MS
2
       11.694
     5.847
Ibicuí
BA
2
       15.785
     7.893
Clevelândia
PR
2
       17.240
     8.620
Campos Gerais
MG
2
       27.600
    13.800
Minas Novas
MG
2
       30.794
    15.397
Guanhães
MG
2
       31.262
    15.631


Conclusão
O estado de São Paulo é o estado com maior população e maior número de espíritas e instituições espíritas. Mesmo assim, os números demonstram que há espaço para crescer, tanto na capital, como nos municípios independentemente da população.
O Movimento Espírita do Estado poderia instituir uma meta para ajudar a criar uma casa espírita nas 182 cidades que não há registro da existência de instituições. Com isso em poucos anos poderíamos ser o único estado a ter instituições em 100% dos municípios. Rio de Janeiro está mais próximo dessa meta, pois somente 8 municípios ainda não acusam a existência de instituições espíritas.
Felizmente há oportunidades de todos os lados para fazermos um trabalho de comunicação de qualidade e conquistarmos naturalmente espíritas conscientes que muito contribuirão com o objetivo de atingirmos uma vida social mais fraterna e produtiva em harmonia com a vida espiritual. Afinal, a vida é evolução, crescimento e a doutrina espírita também deve crescer, de preferência com solidez e maior contribuição para a felicidade e bem estar geral.

Trabalho da ADE-SP baseado em pesquisa de Ivan Franzolim e do livro Análise do Mercado Editorial Espírita. Mythos Books. 2008.